29 de novembro de 2007
Quebrei os silêncios, que entre nós, como muralhas, me escudavam da verdade.
E a verdade, quem a detém?
Se sabia ser assim o destino, nunca teria partido à aventura.
Se sabia que teu nome em mim cravado como um punhal, nunca o teria pronunciado.
Mas, em primaveras amenas, de floridas margaridas, aceitei… bem-me-quer, mal-me-quer, muito, pouco… Nada! …
E as tuas pétalas não seriam capazes de me contar as histórias que decidi acreditar.
Eu, em mim reencontrada, encontrei-me em tão familiar castelo que me julguei princesa, na terra dos contos de fadas.
Sabes que te odeio? Sabes que sim! Fizeste-me acreditar. Fizeste-me voltar ao princípio.
Mas, e todo o caminho por andar? E tanto caminho por percorrer? E tudo aquilo para esquecer? Será a minha sina? Prefiro não acreditar…
Quebrei os silêncios, que tantos anos volvidos, me envolviam em nuvens de sonho.
Quebrei os silêncios, e ouvi-te gritar dentro de mim.
Não tenho força para te seguir. Não tenho razão para persistir. Não percebo porquê resistir.
Assinados tratados de paz, depostas as armas, resta me render as noites sem dormir, resta-me resistir!
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