quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Mais uma vez...


Esta angústia indefinida, este aperto em forma de suspiro, que se escapa entre um encolher de ombros, numa resignada tristeza. A melancolia que me invade, e que já faz parte de mim, arrastando-me para o fundo, enquanto, teimosamente, nado rumo à superfície. Emergir tempo suficiente para mais uma baforada de ar, e de novo submergir no salgado mar de lágrimas que não choro. Sentir sobre mim a imensidão. É esmagadora a diminuta dimensão do meu querer poder, quando posso querer. Compreender que me compreendo, que me perco, mas sempre me encontro, nunca onde gostaria de estar, e sempre que me acho, acho-me nesta apatia. Drenada de forças, porque nunca as reuni. E espreito-me pelo vidro da janela da minha alma, e chove cá dentro…