quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Marinhar

Já me contei vezes sem conta a mesma história, que já nem eu vou em histórias!
Já me ouvi tantas vezes as mesmas palavras, as mesmas deixas...
Ainda assim, deixo-me a ouvir de novo a mesma narrativa.
Já não acredito, mas ainda creio que é possivel a fábula ser diferente.
Amarrada à crença, escuto-me atenta, emudecida, sem interrupção.
Cerro os olhos, deixo-me seduzir pelos vocabulos, entorpecida, viajo pela imaginação.
Deambulo sem destino, não questiono o caminho, permito-me vaguear.
E salva de amarras, flutuo no limbo, não me quero baptizar!
Não quero nomes, não quero titulos, não quero termos, não quero termo!
Não quero confinar a minha crença, não lhe quero orla!
Não quero a mesma história!
Eu quero tanto, tanto, tanto, navegar!

2 Comments:

At 19/01/2006, 15:31:00, Blogger Andre said...

gosto bastante da tua escrita,escreves com muito sentimento e escolhes muito bem as palavras!!!

vou por o link do teu blog no meu!!!

fica bem...take care

 
At 27/01/2006, 23:37:00, Blogger Castromind said...

Sei que sou chato... mas quero um cha. castromind@hotmail.com please.

 

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