sábado, 19 de fevereiro de 2011

C&G

- É um gato, que esperas? Tão cedo não o vês.

Mas Luísa já se entretinha na cisterna, observando um grilo morto a ser desmontado por uma eficaz fábrica de formigas. Uma linha continua de hercúleas minúsculas criaturas em dois sentidos percorria a cisterna, do grilo ao buraco, do buraco ao grilo. Luísa criava obstáculos, tentando desmobilizar esta continuidade.

- Anda ver! As formigas estão a comer um grilo morto!

- Que nojo, blargh! Chega-te para lá, também quero pôr uma pedra aí, a ver se conseguem passar!

- Não! Quem descobriu o grilo fui eu! Estragas sempre tudo!