A corda!
Acorda,
Deixa o limbo quente
E penosamente regressa ao teu lugar.
É dia de labuta,
Pesa já no corpo
O suor salgado
Desta mais uma cabeça de gado
que não se quer deixar matar.
Acorda, é dia de romaria,
Força,
Carrega o andor.
Que santo te ajuda,
Quando olhas em redor
E te vês no deserto?
Cacto espinhoso,
Quem te quer abraçar?
Abraça forte a almofada,
Dorme descansado,
Que o despertador logo alerta,
Quando, na hora certa,
Tiveres de acordar!
Por entre som e silêncio,
Anula o pensamento,
Para que queres despertar?!
Acorda!
Acorda!