quinta-feira, 30 de março de 2006

A corda!

Acorda,
Deixa o limbo quente
E penosamente regressa ao teu lugar.
É dia de labuta,
Pesa já no corpo
O suor salgado
Desta mais uma cabeça de gado
que não se quer deixar matar.
Acorda, é dia de romaria,
Força,
Carrega o andor.
Que santo te ajuda,
Quando olhas em redor
E te vês no deserto?
Cacto espinhoso,
Quem te quer abraçar?
Abraça forte a almofada,
Dorme descansado,
Que o despertador logo alerta,
Quando, na hora certa,
Tiveres de acordar!
Por entre som e silêncio,
Anula o pensamento,
Para que queres despertar?!
Acorda!
Acorda!

sábado, 25 de março de 2006

...

Deixa-me adormecer,
Sorver deste nectar Eternidade.
E saber que ao pó e ao nada
Regressará o corpo cansado.
E flutuar...beijar o sono profundo,
Partir deste mundo.
E do meu corpo inerte
Que nada vale,
O que perdurará?
E os corvos que rasgam a pele,
E arrancam do esqueleto a carne,
As entranhas, devoram-nas os vermes.
Aos ossos, a terra e o tempo.
A mim?! ...
... A Saudade!

sábado, 18 de março de 2006

não sei....